Tenho respondido, nos últimos dias, a muitos questionamentos. Um deles e, talvez, o mais óbvio é: por que o caminho da política? Qual o interesse? Por isso, decidi escrever este artigo. Em resposta, de forma sincera, especificamente a essa pergunta. Porque acredito que, embora eu tenha uma longa história com a saúde do DF, muitos ainda não sabem disso. E, portanto, passou da hora de nos conhecermos.
O meu interesse na política é você. Você, cidadão, que me lê agora. Você, profissional da saúde, que tem sofrido com os desmandos nos últimos anos. Você, médico, que se sente cada dia mais cansado e menos valorizado. O meu interesse é a mudança. Eu sou cidadão, sou da área da saúde, sou médico. E sempre disse, parafraseando o filósofo Platão: aqueles que não gostam de política acabam sendo governados pelos que gostam.
Eu gosto de política. Acredito na política. Acredito nela como propulsora de grandes mudanças. Mudanças positivas – e não impositivas. Mudanças necessárias: como o resgate do Sistema Público de Saúde, o nosso SUS. Portanto, posso dizer, com humildade, que a política vem em decorrência da minha história com a saúde, da minha luta pela área.
Não sou – e nunca fui – dado a oportunismos. Uma hora estou deste lado, outra hora daquele. Esse não é o Dr. Gutemberg. Tenho consistência em ideais e comportamento. Sempre tive posicionamentos inegociáveis. Porque são minhas lutas. Eu não negocio a saúde. Eu não faço da saúde o meu caminho para chegar a algum lugar. Saúde, para mim, é compromisso.
Luta pela saúde
Cheguei ao Distrito Federal ainda nos anos 80. Aqui, trabalhei no Hospital de Ceilândia, do Guará e também no Hmib. Aqui, abri meu consultório, no Hospital Santa Maria. Aqui, me tornei diretor jurídico e vice-presidente do Sindicato dos Médicos. Depois, fui eleito presidente da instituição. Eu passei por todos os ambientes, conversei com todo tipo de pessoa. Vi e ouvi muita coisa de perto. Vi a eficácia, o caos e vi a solução. Vi o problema e apontei o caminho para sair dele.
Desde o início da pandemia, por exemplo, muito antes até de chegarmos ao lockdown, falei que o caminho era a prevenção: para profissionais da saúde e pacientes. Lutei por Equipamentos de Proteção Individuais de qualidade, UTIs e mais profissionais. Quando chegaram as vacinas, falei da necessidade de imunizarem, com prioridade, os trabalhadores da saúde. E lutei pela ampla vacinação.
Mesmo no meu consultório, que é particular, nunca faltou assistência àqueles que mais precisam. Eu vejo o sofrimento das pessoas. Converso com os cidadãos. Onde há gargalos na saúde do DF, me proponho a estar e resolver. E sempre foi assim. Eu escolhi a minha guerra. E quero vencer esta batalha. Enquanto isso, há forasteiros da saúde, que vão e vem em ano eleitoral.
Por meio do SindMédico-DF, tenho muito orgulho em dizer que vencemos muitas lutas em prol da saúde do DF. No entanto, sei podemos mais. Eu, você, o SUS, os médicos, os enfermeiros, dentistas, técnicos e demais profissionais de saúde: a saúde pode muito mais! Pode ter mais prevenção, mais acesso, mais atendimentos, mais cirurgias, mais medicamentos, mais profissionais e melhores remunerações. Como consequência, imaginem, teremos uma capital do País mais saudável.
Imaginou?
Pois é. Eu também imaginei. Lá atrás. Há mais de 30 anos.
E, desde então, a sua saúde é a minha prioridade. Sem negociações.
Prazer, este sou eu. Este é o Dr. Gutemberg.