Saúde em 2025: para avançar, é preciso continuar lutando

O ano de 2025 desponta no horizonte carregado de expectativas, desafios e esperanças. Em um mundo que se transforma de forma acelerada, é essencial refletirmos sobre o futuro e como ele impactará a saúde pública, o Sistema Único de Saúde (SUS) e a sociedade como um todo. Esta é uma oportunidade única de projetar soluções viáveis e fortalecer estruturas que garantam qualidade de vida para todos.
Ao longo de mais de três décadas, o SUS tem sido a espinha dorsal da saúde no Brasil. Por isso, destaco novamente nossa luta pela valorização dos médicos que atuam nele. É preciso atrair e reter esses profissionais que enfrentam inúmeras adversidades no dia a dia. A sobrecarga de trabalho, as condições precárias nas unidades de saúde e a falta de incentivos financeiros e estruturais são desafios que precisam ser superados. Somente com a valorização adequada, incluindo remuneração e condições dignas de trabalho, será possível garantir um atendimento de qualidade e manter esses profissionais no sistema público.
Ainda dentro desse contexto, o financiamento do SUS segue como um dos maiores desafios, especialmente no âmbito do Fundo Constitucional do Distrito Federal (FCDF). Em 2025, é imprescindível que se intensifiquem os debates sobre a transparência e a melhor aplicação dos recursos do Fundo, que desempenha um papel crucial no custeio da saúde, segurança e educação na capital federal. A gestão eficiente desses recursos, aliada a uma fiscalização rigorosa, é fundamental para combater desigualdades e garantir serviços de qualidade para a população do DF
A integração entre tecnologia e humanização será uma das maiores prioridades para o setor de saúde em 2025. É importante lembrar que nenhuma tecnologia substitui o acolhimento médico, a avaliação presencial de um paciente, que são marcas registradas do cuidado humano. E para além da tecnificação, o fortalecimento da Atenção Primária à Saúde — porta de entrada do SUS — é essencial. O reforço nas equipes multiprofissionais e a valorização dos profissionais de saúde são determinantes para garantir um atendimento de qualidade e resolutivo. E o SindMédico-DF está atento a isso.
A pandemia de covid-19 evidenciou a importância da saúde mental como parte integrante do bem-estar coletivo. Para 2025, o desafio é ampliar a rede de atenção psicossocial e incluir estratégias preventivas no âmbito da educação e do trabalho. Programas como o fortalecimento dos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) e campanhas de conscientização sobre transtornos mentais devem ocupar um lugar central na agenda de saúde pública: o que ainda não ocorre.
Além do SUS, é fundamental destacar a luta pelos médicos que atuam na saúde suplementar. Esses profissionais têm enfrentado a precarização dos serviços e a desvalorização de seus honorários. Em 2025, o SindMédico-DF continuará empenhado em buscar melhorias nas condições de trabalho e remuneração na saúde suplementar, garantindo o respeito e a dignidade que esses profissionais merecem. A saúde privada, assim como o SUS, desempenha um papel essencial na assistência à população e precisa de políticas que assegurem aos profissionais poder oferecer atendimento de qualidade.
Também continuaremos lutando para que o DF reforce as ações de prevenção e controle do mosquito Aedes aegypti. O governo local tem que adotar campanhas de conscientização mais amplas, investir em saneamento básico e em iniciativas tecnológicas para monitorar e combater os focos do vetor. A cooperação entre os setores de saúde, educação e meio ambiente será determinante para reduzir a incidência das doenças causadas pelo mosquito e seus impactos na população.
Por fim, 2025 será um ano de construção coletiva. Enquanto presidente do SindMédico-DF, reafirmo meu compromisso com a defesa intransigente do SUS, dos direitos dos profissionais de saúde e da população. Acredito que a união pode superar qualquer obstáculo. Que 2025 seja o ano da colaboração, da inovação e da esperança renovada. Juntos, podemos construir um futuro em que a saúde seja realmente um direito de todos e um dever do Estado.
Contem comigo! Um forte abraço.