Ser médico é carregar, diariamente, a responsabilidade de cuidar da vida humana. E essa missão transcende o simples ato de exercer uma profissão. Cada consulta, cirurgia e diagnóstico vai além do tratamento técnico. Envolve compaixão, dedicação e uma entrega pessoal que poucas carreiras exigem. O Dia do Médico, celebrado em 18 de outubro, é uma oportunidade de reconhecer essa entrega. Mas a verdade é que essa valorização deve ser diária. Os médicos, em todas as especialidades, são essenciais para a saúde da população. É um trabalho precisa ser constantemente lembrado e respeitado.
Por outro lado, mesmo diante dessa importância, os desafios que enfrentamos são cada vez mais preocupantes. A falta de estrutura nas unidades de saúde, a escassez de materiais e medicamentos, a sobrecarga de trabalho e a falta de valorização salarial são realidades que nos cercam todos os dias. Além disso, as condições de trabalho muitas vezes não oferecem o mínimo necessário para atender com dignidade a população. Enquanto médicos, somos confrontados com uma escolha difícil: lutar contra essas adversidades ou desistir de nossa missão. E é justamente nesse ponto que se revela a força de nossa classe.
O que nos distingue é a capacidade de resistir e de continuar a oferecer o melhor cuidado possível, mesmo em cenários tão adversos: o que não é uma obrigação. A garra de cada médico se reflete nas longas jornadas, nos plantões exaustivos e nas decisões difíceis que precisam ser tomadas, sempre com o foco na saúde e no bem-estar dos pacientes.
Não é à toa que, mesmo em tempos de crise, a confiança da população nos médicos permanece sólida: voltemos à pandemia para lembrar disso.
Médicos precisam de condições de trabalho
Por isso, é fundamental que nossa luta por reconhecimento e condições dignas de trabalho seja contínua. A medicina é uma vocação que exige estudo, sacrifício e, sobretudo, humanidade. Nossa responsabilidade com a sociedade é enorme, mas não podemos carregar esse fardo sozinhos. Precisamos que a população, as autoridades e os gestores públicos reconheçam e apoiem essa causa. Porque chega um momento em que a resistência precisa ser acompanhada de ações concretas: e essa é a luta do SindMédico-DF.
Não se constrói um sistema de saúde de qualidade sem valorizar seus pilares fundamentais: os profissionais da saúde. E fica aqui a crítica: enquanto as autoridades não olharem com a devida atenção para a situação dos médicos do Distrito Federal, estaremos sempre à beira do colapso. Desvalorizar os médicos é desvalorizar a saúde de toda a população. Nossa luta é pela saúde de todos.
Parabéns, colegas, pela força e resistência! Estamos juntos.