O ano de 2022 foi, sem dúvidas, atípico. Entre uma guerra, eleições, Copa do Mundo e até a morte da monarca britânica Rainha Elizabeth II, aos 96 anos, vi muita esperança nos olhos das pessoas.
No Sindicato dos Médicos do Distrito Federal (SindMédico-DF), não foi diferente. O ano foi importante e trouxe novas perspectivas aos médicos.
Este ano, tivemos duas campanhas de peso, que tiveram como objetivo melhorar a qualidade do atendimento na saúde pública do DF. A primeira delas foi o lançamento do Livro de Ocorrência Médica Digital (LOMD). A ideia, com ele, é ter um facilitador, de modo mais tecnológico e acessível, de um livro para que os médicos relatem fatos que atrapalham o atendimento ao paciente.
O projeto, que é único em todo o País, foi lançado em primeira mão pelo SindMédico-DF justamente levando em consideração as limitações impostas ao médico quando faltam condições de acolhimento/atendimento. Isso, em especial, na rede pública de saúde. Sem dúvida, essa é uma conquista para todos, já que, como vimos no auge da pandemia, quem está na ponta, junto ao paciente, é quem mais padece quando há falhas na gestão.
Outra importante campanha realizada pelo SindMédico-DF foi “Eu luto pela Saúde. E você?”. No dia 14 de março, médicos, demais profissionais de saúde e usuários do sistema público de saúde foram convidados a usar preto, por melhores condições de trabalho e de oferta de assistência à saúde da população.
Entre as demandas da campanha, estavam mais investimentos na saúde pública do DF; melhor estrutura das unidades públicas de saúde; a atualização do plano de cargos e salários, abastecimento e distribuição regulares de medicamentos, insumos e equipamentos; concurso para contratação de profissionais de saúde estatutários em quantidade adequada e, também, mais respeito aos profissionais de saúde e pacientes do sistema público de saúde do DF.
O trabalho foi intenso (e seguirá sendo em 2023). E, justamente por isso, posso afirmar que 2022 foi o ano de muitas decisões e esperança. Tivemos, por exemplo, uma lição a ser seguida nos próximos: é preciso conhecer de perto a Saúde para poder estar à frente dela. Tivemos diversos secretários na SES-DF que não eram médicos. Por não conhecerem a área, tampouco tinham soluções. Precisamos de gestores especializados, com sentimento de urgência e respeito à dignidade humana.
Espero que o que foi plantado, em termos de batalhas justas e novas conquistas, seja colhido nos próximos anos. Torço para que o DF cresça em desenvolvimento e abundância de saúde, sempre com foco na coletividade. Podemos, sim, ter uma Capital melhor. E sabemos disso. Porque a esperança, já dizia o filósofo Aristóteles, é o sonho do homem acordado.
Contem comigo e com o SindMédico-DF.
Um Feliz Natal a todos!