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Desistências de candidaturas escancaram falta de compromisso com a coletividade

Artigo Gutemberg

Com pouco mais de um mês para a eleição, no dia 2 de outubro, muitos eleitores do Distrito Federal têm ficado, a cada dia, mais órfãos de candidatos ao Governo local. Isso porque houve, nestas eleições, uma quantidade razoável de desistências ao cargo. Até aqui, pelo menos três nomes, que certamente poderiam mudar o cenário político, já abriram mão da corrida pelo Buriti.

 

E o que isso quer dizer?

 

Em minha avaliação, essas desistências escancaram o fato de que nem todos os candidatos majoritários estão preocupados com o coletivo. E, sim, ligados a interesses pessoais. Oras, quando falamos em Democracia, o princípio basilar é: “sistema político em que os cidadãos elegem os seus dirigentes por meio de eleições periódicas”. Ou seja, quando candidatos com boas intenções de voto desistem, há de se concordar que esta premissa fica perdida entre negociações, articulações e, o que é mais grave, até chantagens.

 

Como tenho andado bastante nas ruas do Distrito Federal, noto que os eleitores estão perdidos. Afinal de contas, quais são os nomes cotados para o GDF? E, em um mundo cujo marketing domina a cabeça do eleitorado, o nome mais lembrado é aquele que mais tem capacidade financeira para investir em propaganda. Haja memória para o eleitor!

 

No Distrito Federal, temos um candidato à reeleição. E, vamos combinar, não é alguém que impressione pela sua capacidade de gestão. Mas, tem as tais condições de investir em uma boa e impressionante campanha eleitoral. Mais uma vez, Democracia e eleitores saem perdendo com este cenário.

 

Precarização sai fortalecida do cenário

Em um cenário de disputa, marcado por uma gestão que não fez o dever de casa, mas investe pesado em propaganda, só quem sai fortalecido é a precarização do DF e quem a promoveu nos últimos anos. A incerteza do voto se torna, portanto, uma arma para aqueles que estão mal intencionados.

 

Na minha visão, a representatividade deve ser o foco único daqueles que disputam uma eleição. No meu caso, por exemplo, sou o voto da Saúde, daqueles que querem e acreditam em uma gestão de saúde melhor para o DF. Porém, quando se trata de cargos majoritários, a representatividade tem um expecto muito mais amplo. Para quem pretendia votar em algum dos candidatos desistentes, a ideia era dar ao Distrito Federal uma nova chance.

 

Entendem como uma desistência deste tamanho pode representar um vácuo no processo democrático?

 

Enquanto as candidaturas majoritárias não forem pautadas apenas pela coletividade, pelo objetivo de melhorar a vida dos cidadãos, muitos eleitores ainda ficarão órfãos. Não apenas nestas eleições, mas em outras.

 

A Democracia só funciona porque temos eleições e as eleições só funcionam com opções de voto: de candidatos compromissados, responsáveis, íntegros e focados na coletividade.

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